Torcida é metida a besta com razão! – Bussunda
"Meu orgulho de ser rubro-negro começa pelo orgulho de ser carioca. Não dá para negar que a paisagem mais bonita e mais emocionante da Cidade Maravilhosa é a entrada no Maracanã no dia de uma decisão do Mengão.
O contraste da escuridão do túnel que leva às arquibancadas, ou o silêncio dos elevadores sociais para o Maracanã lotado e brilhando em vermelho e preto é de arrepiar qualquer torcedor.
Continua pelo orgulho de ser brasileiro e fazer parte da maior torcida do mundo, do time que foi mais vezes campeão brasileiro, no país do futebol. Não preciso nem falar de Zico e companhia, do fato de todos os astros internacionais que nos visitam fazerem questão de usar o manto sagrado, nem da pichação: “MENGÃO CAMPEÃO DO MUNDO”, que eu vi num muro em Chartres, no interior da França.
Quem é Flamengo é Flamengo até morrer, em qualquer lugar do mundo. E faz questão de acompanhar seu time, seja no Rio, em Tóquio, ou em qualquer local que o Rubro-Negro jogue.
Torcedor do Flamengo que se preze faz questão de bater no peito e dizer com o maior orgulho: “Os outros que me perdoem, mas sou Flamengo e não abro”.
Para saber o que é isso, basta ir ao Maracanã em qualquer jogo do Mengão. A emoção de ver aquela galera maravilhosa cantando e gritando palavras de ordem emociona até quem não gosta do Flamengo. Já vi muita gente chorar ao passar por essa experiência.
É por isso que a torcida rubro-negra é chamada de nação. Uma nação com muito orgulho de ser Flamengo.
Não tem jeito.
As torcidas adversárias têm razão. Os rubro-negros são muito metidos a besta
E, convenhamos, com toda razão...
Saudações Rubro Negras! "
Por Claudio Lampert (torcedor tricolor )
“É perturbante. É aquela massa uniforme pulando do outro lado. 23 minutos, 1x3, e eles não paravam de pular; ninguém saía do seu aperto; ninguém ia embora. Eles nunca vão embora. Eles nunca arredam o pé. Eles não se sentam, não param de gritar. Eles não sossegam. Me perseguem, me sufocam, me habitam os pesadelos e me causam pânico. Quando eu olho para o outro lado é isso que eu sinto. Eles acreditam mais do que os outros. Mais do que eu e todos os outros juntos. Disso, meus caros, eu tenho que reconhecer, chega dá medo. Eles jogam com 12. E jogar com 12 deveria ser proibido.”
(Enviado por Jomário Ribeiro)
Foi em 1927 que o Flamengo ganhou outra importante disputa com o Vasco. Tudo aconteceu quando o Jornal do Brasil lançou um concurso para escolher "O Clube mais querido do Brasil". O vencedor levaria a "Taça Salutaris", troféu de cerca de um metro e meio, banhado em prata, oferecido por uma engarrafadora de água mineral do mesmo nome.
O procedimento do torcedor era levar o rótulo do produto preenchido com o nome do seu time na sede do Jornal do Brasil. Ao final quem tivesse mais votos, Flamengo ou Vasco, ganhava o concurso. Simpatizantes dos dois clubes mobilizaram-se para a batalha. Os portugueses encheram sacolas e mais sacolas de rótulos. Por serem comerciantes tinham maior poder aquisitivo é claro.
Mas os Rubro-Negros não se deram por vencidos e brilhantemente reverteram o golpe português, que saiu pela culatra. No dia da apuração, disfarçados (com escudinhos do Vasco na lapela e sotaque lusitano) receberam os cupons dos "patrícios" e despejaram tudo fora. No começo, nas latrinas do prédio do jornal e mais tarde, no poço do elevador.
Saiu o resultado e a "Salutaris" é levada em triunfo para a Praia do Flamengo, onde se segue um longo e debochado carnaval. Os vascaínos protestam, fazem questão de divulgar o episódio, achando que com isso iriam estragar a reputação Rubro-Negra. Mas outra vez o tiro sai pela culatra. O cartaz do Flamengo só faz aumentar. Afinal, a imaginação, inteligência, criatividade e a audácia de seus torcedores superaram o poderio econômico e as armações vascaínas. Armações que vemos até hoje e que na maioria das vezes destruímos dentro e fora de campo. O Vasco que enxugue as lágrimas sempre.
Fonte: Site do Flamengo
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